quarta-feira, 4 de junho de 2008

Desalento

Sinto-me perto do abismo. Parece que carrego o peso do mundo inteiro nos ombros e não gosto de me sentir assim. Embora conheça este sentimento bem demais, nunca me hei-de habituar a ele e muito menos irei achar-lhe alguma graça.

Não tenho controlo na minha vida. Trabalho no que gosto mas não me pagam. Os senhores do banco é que não se esquecem de todos os meses levantar as prestações, nem de aumentar taxas de juro. Os preços cada vez são maiores e os rendimentos diminuem. O meu filho lindo é que pode vir a sofrer com tudo isto, e pensar nessa possibilidade dói muito, aliás demais mesmo.

Temo o pior, vejo tudo à minha volta seguro pelas pontas, e umas pontas muito finas. Quero pensar que será tudo passageiro, mas não consigo.

Apenas as habilidades engraçadas do meu filho me dão alento e alegria, e agradeço todos os dias o marido que tenho, que se esforça por não me deixar desanimar. Mas não é tarefa fácil, antes fosse!

1 comentário:

Pi disse...

Minha querida amiga...

Sei bem o que sentes... As incertezas do futuro também me amedrontam... E o pior é que não podemos fazer nada... Não depende só de nós... E isso faz-nos sentir incapazes... e daí o desalento... Mas a vida é assim... põe-nos à prova, testa a nossa resistência e coloca-nos no limite... só para ver se conseguimos. E nós conseguimos sempre! Fica aqui a promessa!

Hoje, tens uma nuvem negra em cima da tua cabeça e parece que não vai parar de chover, mas verás que amanhã o sol brilhará. Tu mereces!

E eu vou estar sempre por aqui... (atrás daquela nuvém)
Um beijão!

Seguidores

Links

Lau Mooninha. Get yours at bighugelabs.com/flickr